sábado, 16 de agosto de 2008

Julgado, não

Essa é a minha primeira participação nesse blog, e me contaram que fui convidado porque eu não teria papas nas línguas. Pode até ser, porque há muita coisa politicamente correta que acontece por aí que me impressionam por ser um tanto piegas. Desculpem-me se acabar ofendendo alguém, mas quero deixar aqui registrado o meu direito de viver fazendo mal à natureza, e que ninguém vai me julgar como um criminoso por isso.

Minha pequena revolta se dá porque, assistindo a um canal de TV adolescente (MTV), vi uma senhora que coordena o Greenpeace no Brasil perguntando o que as pessoas faziam para preservar a natureza. Os entrevistados, todos transeuntes desavisados, respondiam que faziam coisas que estava na cara deles que era mentira, como separar o lixo ou ir para o trabalho a pé para evitar usar o carro e diminuir a emissão de gases poluentes. Tudo por causa do constrangimento que a tal senhora os fez passar em nome de um planeta melhor, e a “necessidade” de todos, hoje em dia, contribuírem para um mundo limpo. A forma como as perguntas eram feitas era intimidante, e ás vezes falta coragem para as pessoas falarem a verdade na frente de uma câmera. Foi esse o caso.

Infelizmente, não tenho a sorte de encontrar uma pessoa dessas na minha vida. “O que você faz para preservar a natureza?”, ela perguntaria. E eu diria: “Absolutamente nada”. Na medida em que ela retrucasse “Mas você não que deixar um mundo melhor para os seus filhos?”, eu diria que não, completando que isso seria problema dele. Além disso, diria que ela já faz o bastante para o meu menininho – que se chamará Bruce Lee -, viver bem. Eu poderia ser xingado de egoísta por ela que me acharia um mosntro, mas paciência. Julgado eu não vou ser.

Isso não quer dizer que eu vou poluir o planeta mais do que o normal, até porque não sou dono de nenhuma indústria. Apenas que eu não vou parar de fazer o que eu e vocês fazemos cotidianamente, como ler esse blog, para economizar energia, por exemplo. Algo sugerido pela senhora do Greenpeace lá. Acho que dá para viver em harmonia com a natureza, sem ninguém encher o saco do outro.

Immanuel Rotten

3 comentários:

Mariana disse...

Eu separo o lixo... mas só quando tem cestinhos coloridos....


beijos

Lady Salieri disse...

Vc escrevendo isso, e eu pensei tb "nã faço absolutamente nada".Mas creio que se ela perguntasse isso, eu responderia: E o que VC faz kkkk.Sairia uma resposta idiota da parte dela kkk, mas seria engraçado kkkk

Narradora disse...

Detesto intimidação, a coação para as "práticas positivas"...rs
Faço pouco diante do que poderia.
Bjs