terça-feira, 28 de outubro de 2008

Um Salto para o Vazio

Por que a mídia faz vista grossa para o suicídio? Pra não incentivar outras pessoas a se matar? Ah, me poupe! Existem muitas formas de falar de suicídio sem influenciar ninguém a cortar os pulsos ou pular de um prédio. Por exemplo, por que não falar de segurança nos prédios em que as pessoas pulam? Não pode botar grades por causa de um possível incêncio futuro em que as pessoas precisarão sair pelas janelas, então coloca-se câmeras de segurança e homens rondando o prédio. Por que não divulgar o trabalho dos psicólogos? Muitos serviços são gratuitos. Talvez se a compreensão fosse praticada, o respeito às diferenças, as pessoas não se sentiriam tão culpadas por serem diferentes, tão excluídas socialmente, e talvez menos delas tentassem tirar a própria vida, ou a de outras pessoas. Talvez, se a mídia discutisse o assunto, com responsabilidade, não fossem tão comuns os casos de suicídio.

Maviosa Grulha

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A extinção das boas moças

O picadeiro está solto esta semana. O primeiro caso foi só para comprovar que nós, deste gênero cheio de artemanhas, de fato, é imprestável. Digo isso porque uma conhecida moça, dessas todas boazinhas, cuti-cuti, que não consegue mandar ninguém ao devido lugar que lhe é merecido, sofreu uma decepção mais que amorosa, mas também fraterna. A dita cuja, que neste espaço nomino Desenhista, expressava bastante amizade pela moça do nariz vermelho. "Melhores amigas", diziam elas. Vou ser breve. Havia um homem na história. Denomino-o por Desafinado. Pois bem. Assim se deu o fato. Desafinado teve um affair sério com a moça do nariz vermelho, que por sua vez contava tudo para a Desenhista. O casal namorou e viajou junto. Porém, dado o destino, tiveram que se separar, mas supostamente ainda se gostavam. A moça ainda gostava dele quando a palhaça desenhista em questão - desdenhando da força do controle emocional - resolveu manifestar que estava apaixonada pelo ser que tomou o coração da amiga. Elas moravam juntas, como amigas-irmãs. Deu-se o caso. Os palhaços tiveram uma semana de sexo animal, e fizeram tudo que poderiam não ter feito. Perderam a amizade da boa moça, que, pela primeira vez na vida, teve vontade de bater em alguém. Em dois alguéns.

Boas moças, meus caros, estão se exinguindo. E eu me pergunto, cada vez mais, se somos humanos ou bichos.

Nota de roda-pé: ele não valia a pena, era pequeno, cerca de 1m60cm, magrelo, não sabia cantar, e tinha um jeito meio gay de ser, além de ser criado pela avó materna.

Perfídia

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

É hora do pagamento

Sou só eu, ou o mundo ficou estranho de repente?

Um misto de medo, desconfiança e desespero no ar.

Acho que é essa sombra saindo debaixo do armário... da cama... do tapete... De todos essas frestas onde escondemos nossos erros e fracassos. Onde achamos que iam estar protegidos, escondidos. Esquecidos por toda a eternidade.

Parece que estávamos errados. Nossas falhas não vão esperar cem anos para aparecer. Não serão nossos netos a pagar as dívidas. Pelo visto, os credores já estão batendo à porta lá fora. Querem o dinheiro de volta.

Com direito a juros e correção monetária...


Audrofonso Araújo III

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Empresários X Funcionários

Às vezes fico me perguntando, em momentos de seriedade que, sim, tenho na vida, sobre o que passa na cabeça de empresários e funcionários. Hoje o pessoal da empresa foi almoçar, e descobri que na primeira oportunidade eles vão embora. Isso vai acontecer porque todos eles estão insatisfeitos com o chefe, que quer cortar despesas. Sabe, tem gente que ainda não sabe sobreviver no mercado. Eu digo isso porque tudo passa, e só a relação e as lembranças ficam. O melhor que pode ser dado a um funcionário é retorno. E cara, as pessoas trabalham pra ganhar dinheiro! Não são máquinas, passam mais tempo trabalhando que em casa, pra dar comida ao filho pequeno. Ai tem que escutar um chefe tipo assim, - ta pronto? Vamos cortar isso, vamos fazer assado. Quando você bem sabe que, oi? Assar vai queimar todo mundo. Mas porra, será que quando eu tiver meu próprio negócio eu vou pensar mais em dinheiro, ou mais em fazer funcionários renderem? E até onde está o limite entre as duas coisas? Gente, funcionário feliz é ganhar dinheiro. Vamos lá. Tem uma loja, você tem a loja e o funcionário. Ok? Daí você briga com o funcionário, ele ta lá só porque precisa do dinheiro. Chega cliente A. Cliente A vai comprar? Não, né? Se funcionário não ta a fim de vender, ninguém compra. Bem, só se for a pulso. Mas cliente é chato, sabe né? Ai quem perde? O dono do negócio. Negócio começa a ficar mole, a cair, e a se queimar com mais e mais clientes do alfabeto. E depois? Cair, cair, cair. Nem a pílula azul resolve, meu filho. Em tempos de crise, melhor prestar atenção pra subir vez ou outra, só por garantia.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

desabafo

Faz um tempão que não grito, que na verdade não tenho forças pra gritar.
Sinto uma tristeza imensa, uma angústia assustadora, algo que não tem nem tamanho...
Pode até ser que a TPM esteja aumentando essa angústia, transformando-a em uma coisa bem maior do que ela deveria ser.
Porque qualquer coisa é motivo de choro, de descabelamento, de dor de cabeça e vontade de fugir pra um lugar longe, longe, longe...
Eu quero ir pra longe disso tudo.
Quero me isolar e voltar apenas quando tiver forças pra ser feliz outra vez!

Carmelita Oliveira

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A crise no meu quintal

Como pode ser que eu, um mero estagiário de jornalismo, residente em Olinda, no Nordeste brasileiro, já esteja sentindo os efeitos da crise que assola os Estados Unidos, que fica do outro lado do oceano (não sei se é Índico ou Atlântico e não estou com saco de procurar no Google)? Por que é que eu, que nem de fast food gosto, tenho que pagar o pato das besteiras dos filhos do Tio Sam? Eu não comprei casa nova, não dei calote em ninguém, não depositei minhas economias no Lemons Brothers, não fui à nenhuma guerra imbecil e nem estou tentando comprar dólar, pois acho um dinheiro besta demais. Sinceramente, não tem nada a ver o cú com as calças!!

Só para se ter uma noção de como as coisas estão ficando feias, vou dar dois exemplos.

Sou chocólatra por natureza. Não passo um dia sem comer um pedaço de chocolate e ontem, quando fui comer aquele velho bombom caseiro, que um senhor vende lá no estágio, num é que ele vei com umas histórias de aumento. O doce, que antes era um R$ 1 real, estava custando R$ 1,20. Como assim?? Um aumento de 20% no preço do bendido de um dia pro outro. "Sabe como é né, o preço de tudo tá aumentando, a gente teve que aumentar também. É a crise americana meu filho", disse ele.

Pra completar a festa, fui jantar agora de noite, e pedi aquele velho suco caseiro, que custa R$ 0,50 centavos. E num é que a vendedora disse que, a partir de amanhã, ele passaria a custar R$ 0,60 centavos. Calma lá companheira, num é assim não. Como pode? "Sabe como é né. Tá tudo subindo. Temos que repassar o aumento pra todo mundo. A crise americana tá deixando os preços pela hora da morte", desculpou-se ela.

Pois que morra minha senhora. Por que assim não tá dando certo. Eu nunca tive nada contra os americanos, tirando o fato de que são uns metidos, que se acham o dono do mundo, eu até que achava eles engraçadinhos. Mas do jeito que a coisa vai, to correndo agora mesmo para o Banco do Brasil para tirar os últimos R$ 20 reais que sobrou do meu salário e estão no Banco do Brasil.

É melhor prevenir né... vai que o BB resolve quebrar também.

Nunca se sabe... Esse é todo o dinheiro que tenho até o final do mês.

Audrofonso Araújo III,

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Outros tempos

Quando se está vivendo uma fase vagabunda da vida, como eu vivo agora, é mais fácil prestar atenção a certos detalhes da vida. Coisas que, antes, passariam despercebidas, graças a um mundo cheio de stress e outros fatores que ocupam nossas cabeças. Só quando se é adulto, e não se faz nada quase o dia todo, é possível perceber como os desenhos animados atuais são ruins.

Na minha opinião, infelizmente, as nossas crianças correm sérios riscos de ficarem mongolizadas ao assistir determinados tipos de coisa... atualmente, todo desenho tem que ser feito no computador, e ter um traço forte com personagens meio deformados que vivem conflitos existenciais do tipo ‘o menino que tem uma babá chata’, ou ‘uma esponja que vive no fundo do mar e tem amigos com problemas psiquiátricos’... O que uma criança aprenderia com isso?

Só sei que sou old school, e prefiro os desenhos animados politicamente incorretos, onde distribui-se pancadas gratuitamente, os personagens fumam de tudo, roubam, aplicam golpes ou enganam... Esses sim, só ensinam coisas que podem ser utilizadas durante toda a sua vida na maioria das suas relações pessoais. Hoje, vejo os restos da minha infância acabados diante da tecnologia e modernidades que, obrigatoriamente, devem estar presentes nos desenhos de hoje. Tudo é muito fofo.

Até as antigas Tartarugas Ninja agora possuem uma série na qual elas foram para o futuro, e possuem armas laser e armaduras. Pelo menos, ninguém pensou ainda em fazer um remake politicamente correto do Chaves (com algum ator do “quilate” do Cabeção da Malhação no papel principal)... Mas, um dia, isso vai acabar acontecendo. E será o fim de tudo.

Immanuel Rotten

domingo, 5 de outubro de 2008

Confraria! Confraria!

U-hu!!!! hoje é o aniversário do Blog e acabou! Ha-ha u-hu, é o Confraria!
Caros Confrades Gritadores (sejam os do lado de cá ou os do lado daí),
É com enorme prazer que escrevo este memorando de felicitações a nós mesmos por 1 ano de blog. Por 1 ano de gritos, de externações. Pelos gritos que ficaram presos na garganta, pelos que relutaram em sair, pelos que foram mais rápidos que o pensamento.
Pelo prazer único de gritar.
Parabéns pra nós, gritadores oficiais.
Parabéns para vocês, gritadores em seus próprios blogs, em seus próprios mundos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Não podemos esquecer das eleições

Né que o aniversário do blog é justamente no dia das eleições. Medo disso!
Bem, é o momento de todo mundo gritar. Talvez se a gente gritar bem forte, o Brasil muda. Talvez não, mas pelo menos a gente disse o que queria.
Votem conscientes, mesmo que não seja o voto perfeito.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Selo comemorativo

Dando continuidade às comemorações de 1 ano do blog, lançamos o nosso selo comemorativo. Em duas versões, que a vida só presta em dose dupla e com muita gritaria. E como festa é para comemorar com os amigos, o selo vai para os nossos leitores mais assíduos: Camila, Kenia e Jubliana. Meninas podem escolher o selo de sua preferência.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Balanço de 1 ano

No próximo domingo, dia 5 de outubro, o Confraria estará completando um ano de vida. Isso mesmo senhores, já vai fazer um ano, desde que foram postadas as primeiras linhas nesse espaço. E assim como as crianças de um ano, ainda estamos engatinhando na arte de fazer blog. É claro que temos muitas falhas, acho que isso é bastante comum, quando um grupo de amigos se junta para fazer aquilo que mais gosta, que no nosso caso é escrever.
Também sofremos muito com os altos e baixos. Enquanto postávamos muito em um determinado mês, não postávamos quase nada no mês seguinte. Isso é o que dá unir cinco pessoas completamente atoladas com faculdade e estágios. Às vezes não sobra tempo nem pra postar no próprio blog. Eu que o diga, já que fiquei alguns meses sem dar as caras por aqui. Mesmo assim, acredito que esse ano foi muito mais de aprendizado e acertos do que de erros.
Nesse período também mudamos bastante. Às vezes pra melhor e outras pra pior. Algumas vezes por que precisávamos mudar e outra porque mudar era só o que tínhamos a fazer. Mas acredito que, finalmente, achamos nossa cara definitiva. Acho que essa garotinha gritando lá em cima simboliza muito bem o que fazemos. Gritamos para todos e por todos. Não importa se estarão nos ouvindo ou entendendo. Nós só queremos gritar. Coisas boas ou ruins, felizes ou tristes, importantes ou bobas. A única coisa que importa é o grito. E acho que nisso, nós atingimos o objetivo.
Por isso, queria aproveitar esse post para parabenizar aqueles que, de alguma forma, estiveram presentes nesse primeiro ano de Confraria: Maviosa, Carmelita, Perfídia, Dédala e nosso confrade mais novo Immanuel. Sem contar os vários amigos que contribuíram com sugestões e comentários no blog. Não vou citar ninguém, pois com certeza vou esquecer alguém. Mas é isso ai, sintam-se todos agradecidos.
Bom, acredito que é só isso mesmo. Vou ficando por aqui. E só pra lembrar, também estamos aceitando sugestões para melhorar o blog. Quem tiver idéias ou sugestões legais, é só publicar nos comentários ou escrever para o e-mail: confrariadogrito@gmail.com. Pode apostar que vamos receber com muito carinho.
Sem mais,
Audrofonso Araújo III